Apresentação

Olá!
Decidi escrever um breve relato (não tão breve) após ter passado por uma cirurgia cardíaca, a fim de ajudar outras pessoas que também tem algum tipo de cardiopatia e necessitam de cirurgia e que assim como eu, pesquisam na internet esse tipo de assunto para tentar entender um pouco como é todo esse processo, já que a expectativa, ansiedade e até o medo nos acompanha desde o primeiro dia que recebemos a notícia da necessidade do procedimento.

Primeiramente, meu nome é Jonathan Lima, tenho 20 anos e tenho cardiopatia congênita, que é um problema no coração que está presente desde o nascimento, pois surge no bebê ainda na fase de desenvolvimento na barriga da mãe, quando ainda é um embrião.
Sempre estive em acompanhamento médico, a cada 6 meses tinha consultas e fazia novos exames. A cirurgia que fiz geralmente é indicada na fase da infância, mas como sempre estive muito bem, não havia muita necessidade (pelo que entendi). Então depois de ter ficado uns dois anos sem ir no cardiologista, eu decidi ir novamente, então a médica que sempre me acompanhou, me encaminhou para outro médico. Daí de imediato fiz vários exames e um cateterismo, onde foi constatada a necessidade de operar para não ficar pior o problema.
Tenho CIV que é a comunicação interventricular que permite que o sangue venoso (pobre em oxigênio) se misture com o sangue arterial (já oxigenado pelo pulmão), fazendo a porcentagem de oxigênio no sangue ser muito baixa, além de ter também estenose pulmonar que faz o pulmão receber um pouco menos de sangue. E tenho também transposição dos grandes vasos, que não entendi muito sobre isso, mas sei que as grandes artérias, pulmonar e aorta, se encontram trocadas, ou seja, onde deveria ter a pulmonar tem a aorta e onde deveria estar a aorta está a pulmonar.

Assim, foi indicada uma cirurgia que é feita em dois estágios, o primeiro é a de Hemi-Fontan, conhecida também como Glenn, que basicamente junta a veia cava superior na ramificação da artéria pulmonar. E o segundo estágio Fontan, que junta a veia cava inferior, para assim mandar o sangue que chega ao coração ir diretamente para os pulmões, evitando assim a mistura de sangue arterial e venoso por causa da CIV.

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